O amor que a corrida trouxe para a minha vida é quase irretribuível
- Vanessa Freitas
- 24 de out. de 2018
- 2 min de leitura
Com vocês, a história da Ana Carolina Paroli POC, de 42 anos, e corre desde os 37.

"Após uma dolorosa separação, de volta para a casa da mãe: empresária falida, advogada desempregada, sem um níquel no bolso, com uns bons muitos quilos a mais e com um tênis velho. Resgatando as manhãs com o meu falecido pai, decidi que correr seria a minha única alternativa de não ser engolida pela depressão.
E foi assim que em 06/03/14, dei meus primeiros trotes “treinada” por um aplicativo de celular. Para que eu permanecesse motivada, me inscrevi na WRUN 4km, corrida que faço religiosamente até hoje.
Naquela época, não havia essa quantidade enorme de grupos amadores de corrida. Eu ficava envergonhada de treinar (na verdade, tentar, rss) com os grupos existentes, pois eram quase profissionais. Assim, cansada de correr sozinha e sem companhia para eventos sociais, em 26/05/14 nasceu o grupo amador de CORREDORES SOLTEIROS (grupo fechado no Facebook, é só ser solteiro e corredor para pedir para entrar).
Fui motivo de piada e chacotas, abri o meu grupo para iniciantes que na maioria eram como eu: pessoas que tinham sido massacradas por um evento da vida. Diziam que no meu grupo só tinha gente feia, gorda e carente, mas eu não dei ouvidos. Hoje temos maratonistas e campeões. As pessoas cresceram juntas, mudaram, namoraram, casaram e até filhos de casais de CORREDORES SOLTEIROS já nasceram. Atletas que antes jamais se juntariam ao grupo, hoje estão conosco e somos uma enorme família.
De lá para cá, fiz umas 150 corridas oficiais. 13 Meias (11 na rua, 1 em montanha, 25km de montanha) e participei de inúmeros treinões. Mas o que conta de verdade é que realizei muitos treinões, encontros, festas, excursões e viagens para a galera da corrida. Tirei muita gente da apatia, do sedentarismo e da solidão e isso vale mais do que qualquer outro benefício pessoal ou qualquer medalha.
Então, quatro anos depois, como falar sobre a corrida na minha vida, senão como um divisor de águas em 100% de tudo que sou, faço e acredito?
Eu não era triste e fiquei alegre. Eu não era obesa e fiquei fitness como ocorre, felizmente, com diversas pessoas. Eu ainda sou a gordinha boêmia de sempre, mas sou uma pessoa muito melhor, em tudo.
O amor que a corrida trouxe para a minha vida é quase irretribuível.
Esse relato é algo muito breve para explicar o que a corrida me trouxe: amigos, auto estima, tolerância, disciplina, uma nova profissão e um novo estilo de vida.
Os benefícios que a corrida me trouxe vão muito, muito além dos físicos!
Essa é a minha história em breves linhas, a história de Ana Carolina POC."
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